terça-feira, 23 de junho de 2009

Apedrejado


A medida que me cabe
Cabe a doce culpa
Dos teus erros não se sabe
Em errar peço desculpa

Não atire em mim tua pedra
Nem pesada nem tão leve
Tal a regra que se quebra
Que me lembra sempre breve

Se errar foi meu destino
Sem pensar extrapolei
Encontrei escuro caminho
Dos meus olhos que ceguei

Ser humano faz desnudo
Destemido corajoso
Sou culpado morimbundo
Nesse mundo desgostoso

Atiraram-me forte pedra
Pelos erros indecentes
Pela terra que me enterra
Eu me faço inocente

Sem saber se estava certo
Arrependo-me do que faço
Hoje o peito vejo aberto
Esse nó virou um laço!

Que me atirem sempre pedras
Toda vez que eu errar
Quando tudo cai por terra
Não precisa vir chorar

Presepada do destino
Sentimento explosão
Eu sou como passarinho
Abatido caio ao chão!


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